Pesquisa revela perfil de jovens no tráfico em Petrópolis e aponta falta de oportunidades como principal motivo

  • 18/11/2025
(Foto: Reprodução)
Pesquisa revela perfil de jovens no tráfico em Petrópolis Ascom/Cufa O levantamento, apresentado pela Cufa Nacional, mostra que a falta de dinheiro é o principal motivo que leva jovens e adultos ao tráfico, enquanto o emprego formal aparece como o maior incentivo para deixar a atividade. Em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, relatos de campo reunidos pelos pesquisadores revelam histórias marcadas por abandono, responsabilidades precoces e violência. Um dos voluntários afirmou ter identificado um padrão entre os jovens ouvidos. “A maioria foi criada por parentes ou avós. Muitas vezes a mãe foi mãe muito cedo, sem estrutura. Eles começam fazendo pequenos serviços para ganhar algum dinheiro. Depois, quando já não conseguiam mais ajuda ou sofreram violência na rua, se envolveram em pequenos furtos até ver no tráfico uma forma de ter renda. É muito triste ouvi-los dizer que precisam fazer isso para serem respeitados.” 📱 Siga o canal do g1 Região Serrana no WhatsApp. Ele também destacou a surpresa com a idade dos entrevistados: “Me deparei com muitos adolescentes que, de alguma forma, já sofreram muito na vida e que buscavam alguma mudança para esse modo de vida errado.” Veja os vídeos que estão em alta no g1 Recorte no estado do Rio No estado, 70% dos participantes disseram que deixariam o crime imediatamente se tivessem oportunidade , índice acima da média nacional, de 58%. Apenas 18% afirmam que não sairiam do tráfico. A necessidade econômica é a principal porta de entrada: 55% começaram a traficar por falta de dinheiro. Mesmo assim, o retorno financeiro é baixo: 63% ganham até dois salários mínimos, e muitos mantêm outro trabalho legal para complementar a renda. O estudo mostra ainda que o emprego com carteira assinada é o maior motivador de saída: 20% deixariam o crime por uma vaga formal, número que sobe para 30% no Rio. Alternativas informais, como trabalhar como motorista de aplicativo, têm baixa adesão: só 8% aceitariam. Entre os obstáculos, o risco de vida se destaca: 38% apontam conflitos armados, disputas territoriais e ameaças como principais barreiras para abandonar o tráfico. Análise O CEO do Data Favela, Marcus Vinicius Athayde, afirma que o estudo reforça a falta de oportunidades como ponto central. “Os dados confirmam aquilo que a Cufa observa há décadas nas favelas: a criminalidade não é projeto de vida, é falta de oportunidade. Quando perguntamos se sairiam do crime caso tivessem uma chance real, 70% dos fluminenses dizem que sim. Não é sobre escolha entre o certo e o errado; é sobre sobreviver.” Segundo o Data Favela, emprego, renda e empreendedorismo são os caminhos mais eficazes para enfrentar a criminalidade, mais do que ações exclusivamente repressivas. O instituto defende a criação de um programa nacional de geração de oportunidades envolvendo governo, empresas e sociedade civil. A pesquisa foi realizada entre 15 de agosto e 20 de setembro de 2025, com metodologia presencial aplicada por pesquisadores moradores de favelas.

FONTE: https://g1.globo.com/rj/regiao-serrana/noticia/2025/11/18/pesquisa-revela-perfil-de-jovens-no-trafico-em-petropolis-e-aponta-falta-de-oportunidades-como-principal-motivo.ghtml


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